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Mostrando postagens de março, 2013

Sou um tanto

Sou um tanto assim da vida Sou mais que um tanto pra mim na vida Sou submissa 'as palavras Me sujeito 'as letras Me dou ao Verbo Que tanto se submete, sujeita se torna a cópia perfeita do que é o original Me basta ser o vai e vem do crescer Ser pequenina Me basta ser simples Ser serena Me basta ser apenas Menina, mulher de Atenas Ser de Codajás, de Vênus, de Saturno, do Mato eu acato e desacato, cato ou esmurro Me arrumo. Me basta ficar ausente Me basta nada comer Insanamente fazer jejum e ser Fakir e urgente Religiosamente fazer amor pra toda gente Fazer versos de oração Ser casa mateira com você é constantemente receber benção Faz Amor eu toda Luz um canto de encanto Minha cabeça precisa de canto Rir de canto em tanto morrer Morrer de canto em tanto gargalhar Chorar sorrindo num canto de um Ser Refeita de vida para ficar Viver a vida por assim viver. Sou da Luz a Criação do ão Sou do

Banco da Praça

Quando me vi desfalecida vencida...Q uando a derrota tomou conta de mim, e u chorei. Me descabelei em cima de minha cama Gritei...desprendi o que houvera  encrustado. N ão foi fácil por isso e por todos os momentos meus chorados e gargalhados. foto internet Hoje fui caminhar na praça fui ver pessoas fui ver a noite pessoas me viram ma olharam nos olhos fui ver os cachorros da rua os bancos da praça as pessoas namorando as pesoas vivendo cada um com seu cada qual e eu ali olhando... sentada no banco da praça quieta olhando vi tanta poesia com um outro jeito de ver não em mim, mas lá em nós um casal de meninas se beijando um cão se estranhando com o outro uma criança aprendendo a andar meninos (as) passeando de bicicleta velhinos abraçados pessoas apressadas o teatro ao fundo calado a igreja a badalar e eu ali...no banco da vida da praça a sentar.... eu fiquei bem quietinha só olhando fiquei pequeninin

Novas Estações.

foto internet As estações não emitem sons com o romper de cada mudança. Conseguem ouvir? Conseguem ouvi-las reclamar ou desabafar? Sou a pequena fartura do ontem Vigorosa como os dias ensolarados do mês de junho Sou a brancura e também a cor matizada da flor da vitória-régia Os espinhos que contém na sua casa de grandeza, redonda como a terra e a natureza Sou as fincadas na terra como peles de um corpo que descamam, crescem e alimentam  este organismo neste plano Sou base da minha adolescência e preparação para o meu vir adulto Sou a idade infantil das primaveras a iniciar os séculos em cores vivas de suas pétalas Sou tenra na urgência do viver Em todos as cores que foram coloridas do nascer de tantos sóis de tantas auroras com o mais fecundo despertar Sou o doce dormir em tons lilases dos céus Suspiros de um vislumbre de galaxias a enfeitar como a um quadro a nossa frente o nosso mais sublime olhar. Sou também o crescer sem medo S

POLTRONA VERMELHA- As pressas que as coisas não têm.

Quanta quietude há quando os acontecimentos da vida nos silenciam Quanta sutileza há em cada toque de sons. Sons de pensamentos, palavras, tons, risos, lágrimas, vibrações da alma. Quanto Deus há em mim. ******** Sentada na beira da minha poltrona vermelha a olhar para os tantos andares debaixo dos meus pés... Sim...Sim! ******** Sim. Sou um símio da espécie fêmea quase um “antropomorfo, antropoide  da espécie humana com frêmitos do século XXI. Mesmo assim: Sento-me na poltrona vermelha com pele alva e despida de toda a grandeza que cerca a vida, e coloco-me assim: Sentada em mim. Olho com poesia esta visão de concretos a rasgarem matas que gentilmente sedem e abrem sem reclamar todos os seus espaços para nós humanos matarmos o nosso natural. A nossa simples forma de calma da alma ofertada, antes com igualdade, e sem requerer o uso para tal. ********   Esta constante e inefável necessidade de construir e desconstruir do todo humano poetisa-me.

Poesia....

Perguntaram-me: - O que é poesia? - É escrever de noite ou de dia? Penso que, até hoje, não sei! Se acordo  Ela me deixa assim A pensar como minha vida  Dentro da minha vida Feito os filhos paridos de minhas entranhas Feito as comidas ingeridas. Os suores escorridos nos risos de minha criação Igual a minha casa e sua arrumação Meus pais e irmãos, amigos e situações. Feito o morno tempo da minha Amazônia A poeira de um chão de barro no interior A canoa que cruza o rio em busca do pescado A Mulher a lavar roupas no Beiradão. O Bodó que cozinha no Tacho A Farinha para o pirão. E mesmo assim ainda respondo com uma indagação:  Isto é poesia? Poesia que até em sonhos vem e vão?! Eu sou ignorante perante ela Ela é sabia perante mim Se sou a ela semelhante O que seria dela sem mim? P O E S I A Poesia são as mães Poesia é o entardecer na beirada do Rio Espiar os botos a brincar Oras comedor de peixe Oras cri

Matriarca Arce...Soberana dos Sobreira!

Neste dia de tantas mudanças,  Neste dia de tamanha Luz,  Tu nos deixa com teu sangue lembranças  do que nos deste e o que Conduz e Reluz. Mas uma vez, Senhor Barqueiro,  Pelas mãos desta Senhora Morte,  Leva uma das tuas filhas  Sem marcar dia e  Sen  hora. Que os vermes que irão devorar-te Sem piedade e sem demora não devoram somente a ti devoram a todos os teus de sangue e de alma Minha vó, minha Senhora. Vozinha, Arcelina de Alencar Sobreira....Deus lhe guie nesta hora.  (T. de S.)

Normas e contratos dos Dedos dados!

Existem situações que nos deixam "cheios de dedos".   Precisamos somente de 20 dedos. Nem mais ou menos. Cada um dá, somente, o que tem. Não há nada de errado nisso.   Errado é não dá.   Dê! Dê dedos, dados, doidos, dúvidas, dívidas,  dores, damas, deuses, demência, desejos, dias, donzelas, drogas, dimensões,  dólares, dramas, devir, dilúvios, dengos, domínios, diversão Dogmas, dolos, dormidas, dinamismo, dialética, decisão.  Estabeleça-se: Cláusula primeira: De Atitudes Não há vergonha nos  erros. Não há punição por faltas ou dos fatos. Não há questionamento por ausências. Nem por excesso de egoismo em se ofertar carinho. Não eterniza-se um sentimento por causa de amores. Nem por expectativas na vida. Dê caminhos. Cláusula segunda: Do  Trabalho Trabalho é trabalho. A única garantia de tudo acontecer é Trabalhar. Cada um trabalha como quer e com quem quer. Seja um trabalho de pes

PÁ LAVRA

Estou cansada cansada de tantas palavras ESTOU cansada  as vezes quero o divórcio,outras não E se ela possuísse um corpo pularia em cima,  bateria Gritaria bem alto em seu ouvido para enlouquecê-la e explodiria sua cabeça com meus gritos. Deixá-la-ia em pedaços bem pequenos Que nem ela saberia o que veio a se tornar Rasgaria todas as suas risadas da maior felicidade a mais pura ironia Depois de tudo desconstruído, aí sim! Eu pegaria estilhaços, pedaços e montaria uns tantos corpos de um corpo Eu? Não seria mais nada de emoção em mim... Só uma escultora do que sobrou Calmamente pegaria aquele corpo de palavras e montaria: anões, gigantes com pernas e sem pernas, amputados e alguns sepultados. Deixaria que ela se tornasse feia e bela. Suas mazelas faria um arco-iris Cores vivas pintadas em cima de aquarelas mortas E retiraria todas as suas criações Seus andrajos e farrapos daria ao primeiro mendigo criado dos restos da vida