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Mostrando postagens de maio, 2014

Com pulso.

Olho para os lados e vejo as medidas do tempo. Todos os dias se apresenta sem medir esforços. Todas as horas bate a minha porta sem precisar ter pressa. Todas as noites ele não dorme e é meu vigia. Toda manhã vem me acordar e dar bom dia. O tempo não tem destroços. No tempo há esforços.. O tempo é meu pai e mãe. Me pariu meio sem jeito O tempo me fez olhar para os lados, para trás e para frente No tempo aprendi a ser gente, ser autonoma e ser presente e ausente. O tempo me fez senhora e assombração. O tempo me fez andar descalça e na contra-mão. Destruir o meu "eu-cidadão' e fez renascer da indecisa o meu eu vilão. O tempo me deu o pulso necessário para força.  No tempo aprendi a ver o meu irmão. Juntos vimos refletidos todos os dias de agonia dos humanos em ação. Tenho dito! T.S.

Protesto

Inicialmente protesto, Excelência. Protesto pelo pobre coitado que nasceu na condição de bicho e depois tornou-se humano. Protesto pela ignorância da domesticação de tantos anos no uso da linguagem. Protesto por todos os que não tem coragem de adentrar na loucura. A loucura foi criada quando o humano se distanciou e deu ao outro a corda para sua prisão. Protesto, Excelência, protesto. Protesto pela ausência da descompostura que todos os bichos sabem bem possuir, e esta imitação de animal, hoje um insosso, tem caminhar abissal. Protesto pelo “de trás para frente”,  deste: que anda para trás carregando um mundo que não existe mais. Protesto, Excelência....Por tudo que dispersei em vida, pois tudo o mais dispersou -se de mim. Excelência, de todos os protestos, protesto por mim. Protesto por ser este bicho indigno de pena que está ferido e condenado ao fim. Agora, Excelência, sem protesto. Tenho dito! T.S.

Teoria sem "tear".

"Um certo dia, ao percorrer quilômetros em uma grande Avenida, o sol castigava a pele daquele jovem sonhador.  Perdido em meios aos fones de ouvidos uma música suave contrastava com a urbanidade e seus sentidos. Cansado de destoar de tudo o que lhe cercava, sentou o pé no asfalto e mudou radicalmente sua vida." A mudança foi o fim. Na mesma se deu o início Do café que ele bebeu De lá nasceu o precipício Tinha sabor de “Rim” Dos cascos dos pés Deu um novo caminhar Dos calos que nele fez Investiu do novo pensar. Munido de tecnologia Abriu brechas para a prisão Do livre caminhar que teve um dia Aprisionou, parou e pensou que seria a maior visão. Voltou os olhos para sua arma Aquela que havia esquecido Sacou de dentro da mochila Os venenos dos seus melhores amigos. Os velhos estavam certo Eles sempre avisaram Que mais vale um conhecedor eterno Do que um “desorientado tecnológico” abobalhado. Hoje os pés falam mai

Senta: Leia-se.

Parada obrigatória para um cafezinho e diálogo interno: -Do que resulta o bem e o mal? Do que se trata: virtude, moral e valores humanos? Quem pensa que é este monte de pedaços de carne constituído das sobras da terra? Que felicidade é esta piedosa que espalha, abundantemente, ações deste camuflador assassino do araque? Doença de todos os tempos. Somos a doença de todos os tempos. Parada obrigatória para uns rascunhos desta doente humana. Escrevo apenas para um punhado de leitores e que em algum momento lessem o que traduzi, e quem sabe,  eu  pudesse agradar-lhes ou não. Deste punhado não conheço todos. Dos que conheço não consegui o meu intuito. Escrevo então para os que um dia cruzaram minha vida e que estão sem hipocrisia literal. Mesmo assim, em textos, sou tão ou mais hipócrita que a própria literatura nem se fez sombra frente ‘a minha rebeldia. Escrevo até para o duvidoso inferno. - O que é céu para então denominar-se o oposto do paraí