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Mostrando postagens de agosto, 2013

O PICADEIRO, O CIRCO, O PAU DA BARRACA, A TENDA E AS PESSOAS...

  No "Picadeiro" acontece de tudo. O "Circo" que antes era a grande diversão da criançada, a grande alegria das cidades do interior, por dentro e por trás das cortinas, sempre existem mundos de dor e sofrimento, feito tantos na terra. Animais humanos que aprisionam e controlam animais da própria espécie (porque somos assim) com risos treinados e maquiados para um palco de dor e horrores pagos no dia a dia, soam mais comuns do que as "pseudos" guerras anunciadas. Quando chutamos o pau da barraca do "Picadeiro"com todos dentro, a vida segue e o espetáculo continua em cena. Os contorcionismos da vida precisam ser vividos por contorcionistas. Por mais que os malabares e outros estejam preparados, um dia despencam. Os grilhões que nos aprisionam ao "Picadeiro" após arrebentados, não precisam ser carregados para sentir a Liberdade.  O "Circo" e o "Picadeiro" não caminham com esta. Alfo

Rio

Por muito tempo escondi palavras, Economizei canetas e tintas. Por muito tempo acorrentei  músicas.  Por um tanto assim de desafios, eu me dei conta quanto deixei adormecida as minhas águas que teimavam em brotar sem parar. Por um tempo eu as deixei represadas e sem forças. Por um tempo eu as deixei sem tempo. Agora correm firmes, fortes e rumo ao Mar. Rumo 'a terras áridas. Fazem até correntezas. Quebram represas. Correm sem cessar rumo 'a horizontes onde palavras não tem vendas e nem tendas. Não pedem tempo alheios pois do seu tempo já tomou conta. Minha voz, agora, ecoa novos sons. Limpos e graves. Voltou a ser o trovão de outrora.  Não amordacei mais a boca, não adoeci os meus olhos. Dei um tempo pra mim de presente. De tanto chorar eu os limpei um a um os buracos entupidos de minha sujeira.  Estavam tão turvos, imundos, corrompidos. Agora, Transbordaram Rios profundos. Sabem, também, ser raso

Breve introdução

“Adentra 'a sala ávida em saber quem poderia ser o desenho do seus mais ruidosos pensamentos. Ávida em poder ter atendidos os escondidos e misteriosos instintos, que nem mesmo o mais perspicaz e destemido observador atento, poderia ter acesso a tais conhecimentos clandestinos. Ela por si só causava e gerava uma ebulição enebriante por onde quer que pisasse ou adentrasse com seus adoráveis pés brancos. Toda sua formosura e brilho singulares, sempre deixaram uma aura de alta voltagem ao seu redor. E dominadora, consciente, sabia muito bem como fazê-lo. Olha em volta. Analisa, e, mesmo assim nada a detém. Tudo a entendia e a faz, como sempre, refém de si e de seus mais velados e sombrios pensamentos. Tão absorta em seus devaneios,  nem percebe que do outro lado do da sala, está uma presa tão única feito ela própria. Uma presa que quer ser a mesma caça da própria beleza e das indagações que a esma carrega. A presa da animalidade parental. Então, sem t

Um caminho sem volta.

  Nascemos. Berços ou não, nascemos. Família ou não, nascemos. Saímos de uma escuridão rumo a outra:do nascimento 'a morte. E o que nos separa entre os dois momentos de escuridão? Vida Nesta grande orbe ilusória, caminhamos com pessoas, ações, vidas roubadas, doadas, emprestadas, concedidas, ajustes incomparáveis, incompreendidos por nós mesmos, e tudo por assim dizer, vida. Simplesmente vida. Uma vida que iniciamos arrumando dia após dia como se estivéssemos a empilhar lixo num lixão. Acumulamos tanto lixo em compartimentos escondidos no nosso aterro chamado cemitério mental de corpos sem ossos. Do pó que está no pó da mente incinerada. Enterramos os nossos “póstumos pensamentos” sem mesmo matá-los. Os enterramos vivos. Somos cruéis. Predadores. Antropofágicos. Canibais. Assassinos em séries. Tudo denominados, executados, e por vezes, planejados por nós mesmos, os Sabotadores mentais. Naturalmente a natureza do humano  é manipuladora.

Página em branco.

Sem inspiração para escrever. Respiro, no entanto, Não penso em nada. Deixo-me estender. PÁGINA EM BRANCO O que será "a página em branco"? Pensamento e corpo a descansar? Página em branco. Tá na hora de limpar. Branquinha, Alvinha, Lisinha. Enxugar: As gordurinhas, Pelinhas, Palavrinhas... Pagina em branco Ou mata ou engrandece Sublima ou desfalece. Mãos ávidas ou não, Língua solta ou presa, oferece presteza, derrota ou grandeza. Páginas tão minhas. Sem ser certas, Tão rainhas. Página em branco: De rasuras Já bastam as minhas.                                                                                                                     T.S.