Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2012

Como aprendi a crescer.....

Conto: "...Guardava em minha´lma de menina o sonho de  tornar-me  grande feito a Amazônia. Pensava que para pisar nas estradas do mundo precisava ser maior e mais adiante do que sou. Ao caminhar, dei-me configurações variadas em  palcos diversos. Movimentei-me em direção de corpos seduzidos por outros mundos. Até, os que não me pertencem. Já fui dona de todas as minhas meninices, criancices, felizes criancices. Hoje, aos 39 anos de idade, descubro-me a menina de outrora, feliz e renovada Menina Senhora.  Movimento-me com a mesma certeza e faço o mesmo trajeto dos meus passos em meus palcos.  Tornei-me um adulto feliz. Decidi-me por viver e não morrer Decidi-me por andar e não correr. Adotei o cantar e não somente falar. Optei por fazer e não somente fantasiar. Aprendi a ouvir o que sai de mim e receber os sons de outras bocas. Escolhi ser lenta, constante e não veloz. Mas antes de tudo, Permiti não matar a intensidade do meu interior,  Assim as

Viciados

Quem não dá valor ao que tem,  não respeitará o que acabou de conquistar. O que será isso? Quando ele tenta sair, cada vez mais é sugado por sua mente. Cada volta que quer dar longe de si, retorna sugado e para dentro. Entregou-se subitamente aos seus pensares viciados e não quis as doses de medicações de cura para vícios. Adicto da dor. Adicto do sofrer. Viciado da irritação. Covardia impaciente. O que te deixa mais apto em viver é a esquizofrenia do sofrer. Sua música se resume em lágrimas. Encharcando-se o Sr. Alopático de prateleiras de saberes caros e transformando-os em textos pobres e verbos curtos. Covarde. Covarde para vida. Covarde para a morte. Dependência desmedida. Quando quer fazer e fazê-lo, não se esconda em desmazelos, pobre hospede da carne. Adora provocações e desafios em palavras, mas a vida de carne te acovarda. Desta somente  interessa-lhe a ausência da vida diária. O vício é o d

Na mas tê

O que é mais importante na vida de um homem? Caminhamos nus na vida e sem ter um ponto de parada para descansar se quer os pensamentos. Todos os dias o homem faz uso de sua morte. Morremos a cada segundo. Morrem pensamentos e nascem outros. Da sandice a razão, meu Machado. Morrem risos e nascem outros. As gestações chegam ao fim para dar lugar a uma outra vida que acabou de nascer para morrer. E tudo o que nos cerca, certamente, respiramos na primeira dor ao inalarmos o ar para vir ao mundo. Buscamos a perfeição por palavras, Ações      idéias          vocação             família               trabalho                     talentos e relações          Até em viver,             e em seguida               iniciamos                 tudo outra vez                                       Até morrer. O organismo chamado vida, chamado terra, pulsa, respira e se agita para renovar-se constantemente. O grande milagre de caminhar com força e determinação está

Cansaço.

Acordo fatigada. Do lado de fora buzinas não param. Um galo perdido na urbanidade insiste em cantar sem parar (mais um sobrevivente nesta selva de pedras) parece um despertador de celular. Tenho que pagar contas. Contas atrasadas, vencidas e a vencer. Arrumar a vida para outras investidas e ainda me restam arremedos de coragem dentro desse corpo. O cansaço mental toma conta. Retomar tudo mais uma vez e outra e outra... Cada vez mais é preciso convencer o óbvio. Provar que se pode mesmo sabendo que não pode. Essa selva de pedras e concretos nos quer diariamente fortes e poderosos.  Os fracos, coitados. Sonambulizados pelo cansaço do dia a dia são tocados pra correr como um bando de baratas tontas. Há uma infestação de tantas baratas tontas neste país. Aqui, no caos urbano, é consumido em larga escala falsos moralistas, e o bem sempre tem peso dois.  Aqui funciona assim, tens que mostrar que és bom no que faz para não se tornar mais um toque de celu