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Mostrando postagens de abril, 2016

Duas palavras

O tempo que sobrou está pouco. O pouco que sobrou ficou louco. O louco que ficou está torto. O torno que está viajou no tempo. O tempo que viajou, viajou. Duas palavras bastam. -Vida............................................................................................                                                                                                     Morte+ +++++++++ Estou cansada. O dia foi tão puxado. Hoje não. Dias foram puxados. Mentes estão puxadas. Areia movediça para todos os lados. Sinto o chão grudar nos pés. Asco é a palavra que encaixa agora. Nojo que reflete no dia que foi tão puxado. Hoje não. Dias foram puxados de mim. Surrados Amanhã terá mais um funeral em um dia sem cor. E desta vez não estarei atrás do carro volante. Serei o motorista. A pá nunca combinou com minhas mãos, porém, a terra brinca e as adora. Tenho dito TS

Dívidas foram feitas para serem pagas ou não?

Escrever nunca foi tarefa fácil. O papel em branco amedronta qualquer um. Mas para quem escreve, palavras sempre serão companheiras. É gratificante olhar em volta e saber que tudo por dentro fala tão amigavelmente que o que está por fora não sobrepõe em nada o que nasceu quieto e o que grita, desesperadamente, por livre expressão. Fui arrancado dos meus devaneios com o barulho de buzinas que advindas das ruas.  O escritório rescendia a urina.  Os odores das redondezas denunciavam o que estava em volta daquele estabelecimento. Difícil alugar uma sala naquela cidade tão cara. A porta estava fechada. Qualquer empurrão revelaria a desordem e imundice que nada tinham de diferentes dos becos do entorno. Dei um puxão na gaveta da escrivaninha.  Precisava terminar de preencher as fichas.  Será que ainda tinha papel?  As fichas ficaram pendentes na noite passada. Nunca me entendi muito bem com elas. A gaveta estava com cheiro de cachaça e cheia de cocaína. Essa

"Me voilá"

O voo estava atrasado mais uma vez.  Fazer conexão sem poder sair de dentro da aeronave era nada menos do que uma sensação de aflição para quem estava amarrado ‘aquelas cadeiras, e a de controle sobre mais de duzentas vidas. Pensando assim poderia até dizer que o destino não se destina.  Mais parecia que uma criança estava brincando de casinha. Marionetes em mãos culpadas. Já estávamos há mais de duas horas sentados devido um forte nevoeiro.  Nesta época do ano alguns países da Europa ficam encobertos e a visibilidade era quase zero. Paciência era uma virtude que nunca gostei de exercitar.  Sempre achei inútil quando poderíamos ser práticos e frios em decisões que requerem agilidades. Ali aplicava-se bem.  Todos os recursos utilizados para distrair quem estava a bordo tornaram-se entediantes. Nem os livros e qualquer outro “estimulador de memória” seriam produtivos. A senhora sentada ao meu lado falava sem parar.  Quanto incomodo eu devia causar para algumas pessoas.